O Flamengo está próximo de fechar a venda da cota máster de seu time de futebol. Uma reunião entre representantes da Procter & Gamble e do clube carioca na próxima quinta-feira (4) deve selar o negócio e encerrar uma discussão interna que envolvia a busca por um patrocinador.
A multinacional está disposta a pagar R$ 6,5 milhões por quatro meses de contrato (até dezembro deste ano) para inserir a marca Gillette no peito da camisa rubro-negra, segundo apurou a Máquina do Esporte. Oficialmente, a empresa preferiu não se manifestar.
O patrocínio deverá ser acordado entre as duas partes na próxima quinta, mas o contrato ainda não poderá ser assinado, uma vez que terá de ser submetido ao conselho fiscal e, após aprovação, ao conselho deliberativo do clube. Esse processo deve durar entre 15 e 20 dias.
A expectativa é que o Flamengo submeta aos órgãos internos três contratos para serem avalizados. A equipe também está próxima de contratos com a Leader Magazine e com o site de compras coletivas Felicidade Urbana – cada um deve render R$ 6 milhões por um ano.
Os negócios devem injetar R$ 18,5 milhões no clube, mas representam uma mudança de posicionamento da direção flamenguista. Quando o Flamengo anunciou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, no início deste ano, a previsão era a de que o clube faturasse em torno de R$ 30 milhões anuais em patrocínio. Desde então, a equipe tinha apenas a presença do banco BMG nas mangas do uniforme, em troca do pagamento de R$ 9 milhões em dívidas.
A demora em conseguir um patrocinador principal para o uniforme levou à estratégia de “fatiamento” da camisa em diversas propriedades. Essa decisão não era bem vista por conselheiros rubro-negros, que preferiam que a camisa tivesse poucas marcas estampadas, sob o pretexto de que não gostariam de vê-la como a do Corinthians.
“A mentalidade mudou muito”, afirma fonte com tr”nsito na agremiação, que pediu para não ser identificada. “Em vez de ter um cotista único, que pagasse todo o valor, o Flamengo decidiu ir para o varejo e fatiar a camisa em ombro, barras e máster”.
Caso acerte com a Procter & Gamble por R$ 6,5 milhões até dezembro, proporcionalmente, o Flamengo terá superado a proposta feita pela Peugeot no primeiro semestre, de R$ 15 milhões por um ano de contrato.