Bicampeão da Maratona de Nova York (2006 e 2008), Marilson Gomes dos Santos é o principal nome da maratona no Brasil atualmente. E talvez o único em condições de brigar com os principais nomes da modalidade no planeta. Sem concorrência ferrenha, o brasiliense espera que o boom que aconteceu recentemente nas corridas de rua sirva para incrementar também as provas de sua dist”ncia. O diagnóstico de Marilson e de seu estafe é que o Brasil não produz muitos maratonistas de sucesso porque tem poucos praticantes da modalidade. Segundo o corredor, um estudo realizado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) identificou apenas 7 mil atletas que costumam disputar provas dessa dist”ncia no país. ?É um número bem pequeno, sim, mas a gente sente que pode crescer. O Brasil tem muita gente interessada em corridas. Isso pode gerar mais participantes para a maratona no futuro?, projetou o atleta. As palavras de Marilson são corroboradas pelo discurso de seu técnico, Adauto Domingues. Assim como o corredor, ele espera que as maratonas tenham um incremento no número de participantes nos próximos anos. E tudo por conta do sucesso que as provas de rua vêm fazendo. ?Você tem de lembrar que a maratona não é uma prova simples. Eu não posso pegar alguém que treina há três semanas ou três meses e botar para fazer essa dist”ncia, ou a pessoa vai ter problemas. Você começa com dist”ncias menores, depois vai para uma meia-maratona e só então chega ao percurso de uma maratona. É algo gradual, e o público das maratonas só vai se desenvolver daqui a algum tempo?, ponderou o treinador. Na visão de Domingues, é natural que esse aumento de participantes também crie um calendário mais cheio de provas de maratona no Brasil para os próximos anos: ?Até isso é um pouco complicado. Se eu quiser correr essa dist”ncia hoje, há poucas opções. Por isso, é importante atrairmos novos atletas?.