Pela primeira vez desde 1994, o Comitê Olímpico Internacional realizou nesta semana um congresso para debater as necessidades do movimento olímpico para o futuro. O evento aconteceu em Copenhague, durou três dias e gerou um relatório com 66 pontos que a entidade considera fundamentais para um futuro próximo. As principais preocupações demonstradas pelo COI sobre o futuro do movimento olímpico são a renovação do público e o papel social que o esporte pode desempenhar. Esses tópicos foram extensamente abordados nos três dias de reunião. ?Nós não somos especialistas em direitos humanos e ainda estamos procurando a melhor maneira para agir sobre esse assunto, até para que ele possa trabalhar com o ideal olímpico. Nós não podemos ser responsabilizados por tudo que acontece no mundo, mas quando se trata de direitos humanos em relação ao esporte, temos uma responsabilidade?, disse Jacques Rogge, presidente do COI. Além da questão social, Rogge demonstrou preocupação com um rejuvenescimento do movimento olímpico. O congresso debateu meios de aumentar a quantidade de praticantes e fãs de esporte com uma média etária mais baixa. Pensando nisso, por exemplo, os membros do COI decidiram dar mais espaço a atletas na entidade. Serão montadas comissões de esportistas, e esses membros terão direitos integrais a votos. Rogge ainda falou sobre a saúde financeira do COI. Segundo ele, a entidade possui um fundo de reserva de US$ 455 milhões (R$ 791,7 milhões). Essas receitas cresceram US$ 33 milhões (R$ 57,42 milhões) somente neste ano, a despeito da crise financeira mundial.