Com previsão de inauguração até o fim de 2012, o projeto de uma nova arena para o Grêmio, desenvolvido em parceria com a OAS, obrigará o time gaúcho a acelerar uma discussão sobre seu plano de sócios. A equipe tricolor atualmente trabalha com um sistema de entradas gratuitas para afiliados, mas o contrato do estádio a ser erguido em Porto Alegre exige que os bilhetes sejam comercializados. Nos primeiros 20 anos, o Grêmio ficará com 65% da arrecadação do estádio e o restante será destinado à OAS ? a partir de então, a equipe passará a receber R$ 14 milhões anuais. Além disso, a construtora pagará mensalidades de R$ 583 mil ao clube na primeira década de exploração da arena. Uma das receitas que servem como base para essa conta é a bilheteria. Portanto, o contrato da arena exige que todas as entradas para a arena sejam vendidas, o que contraria o atual procedimento do Grêmio. ?Temos muito tempo para estudar isso. O departamento jurídico está estudando, mas os sócios jamais serão prejudicados. Na Europa, os sócios têm privilégios de pagar mais barato. Talvez aqui o Grêmio banque esse valor para a OAS e os sócios possam entrar de graça. Isso é um detalhe menor. Podemos estudar e apresentar soluções?, disse Duda Kroeff, presidente do Grêmio, à ?TVCom?. A questão de sócios já é um problema para o Grêmio atualmente, já que o número de filiados ultrapassa a capacidade do estádio Olímpico. Contudo, a construção da arena servirá para intensificar o debate. ?O Grêmio tem de criar outros atrativos. Já temos esse problema hoje, e já sabemos que o modelo de negócios precisará mudar para aproveitarmos bem a nova arena?, afirmou Irany Santana Júnior, vice-presidente de finanças do clube.