O italiano Flávio Briatore, ex-chefe da Renault, venceu a batalha judicial contra a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e foi liberado para voltar à Fórmula 1. A audiência aconteceu nesta terça-feira, no Tribunal de Grande Inst”ncia de Paris. ?A corte decidiu que a sanção era ilegal?, disse o juiz do tribunal francês. Briatore ainda receberá uma compensação no valor de 15 mil euros (R$ 37 mil), apesar de ter pedido indenização no valor de 1 milhão de euros. A revogação da sentença também atinge o ex-engenheiro Pat Symonds, demitido da Renault junto com Briatore, que havia sido suspenso por cinco anos. Os advogados da FIA disseram que vão, provavelmente, entrar com uma apelação. O tribunal de Paris que também pediu à entidade que notifique, nos próximos quinze dias, todos os seus membros de que as disposições foram retiradas. Caso essa ordem não seja levada em consideração, a FIA pagará multa de dez mil euros por dia. Briatore foi banido no dia 21 de setembro por ter orientado o brasileiro Nelsinho Piquet a bater propositalmente contra o muro para favorecer Fernando Alonso no Grande Prêmio de Cingapura de 2008. O espanhol acabou vencendo a corrida. Pelo caso, a Renault foi advertida pela entidade, mas não foi obrigada a cumprir pena por ter admitido a culpa. Dois meses depois, o ex-chefe da Renault recorreu à decisão, alegando que sua punição foi motivada por desavenças pessoais com o então presidente da entidade, Max Mosley. “Temos a sensação de que alguma justiça foi feita”, disse o advogado de Briatore, Philippe Ouakrat, à agência AP. “Estou certo de que o tribunal ficou bastante chocado com a maneira que a decisão foi tomada contra o Sr. Briatore. O Sr. Briatore é restabelecido em todas as suas capacidades para atuar na Fórmula 1 e nos esportes a motor. É uma grande notícia?, comemorou o advogado.