Segundo maior artilheiro da história da seleção uruguaia, o atacante Sebástian ?El Loco? Abreu foi apresentado pelo Botafogo nesta semana. Pediu à diretoria para usar a camisa 13, entregue a ele por Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-atleta do clube e da seleção brasileira, que sempre teve predileção pelo número. O argentino Herrera, outro reforço da equipe carioca, chegou ao Rio de Janeiro na última quinta-feira e já avisou à diretoria que quer vestir o uniforme 17 nesta temporada. Os dois aceleraram uma ideia que já corria no time, que adotará numeração fixa em 2010. Essa será a base de uma série de ações de marketing que o Botafogo desenvolverá neste ano. A ideia é individualizar a comunicação a partir de iniciativas que tenham relação com o perfil dos atletas e o número que eles usam. ?Essa é uma coisa que nós estamos trabalhando desde o ano passado, que é a customização da camisa. Queremos fomentar ainda mais esse conceito, com os torcedores comprando produtos que tenham a ver com determinado número. Claro que a camisa é o carro-chefe, mas queremos algumas coisas específicas para cada jogador. Isso dependerá, evidentemente, do perfil e da época?, explicou Márcio Padilha, diretor de marketing do Botafogo. A diretoria alvinegra já tinha planos para adotar numeração fixa desde o ano passado, mas na época a proposta foi vetada por dificuldades logísticas e operacionais. Neste ano, os pedidos de Abreu e Herrera aceleraram o processo. ?Foi a motivação final. Isso facilita a programação visual e o trabalho de questões como site ou telão no estádio. E é um desejo antigo da torcida, o que é importante?, afirmou Padilha. O lançamento das camisas que o Botafogo usará nesta temporada depende apenas da definição do patrocinador máster. O clube alvinegro encerrou nesta semana a negociação com a Liquigás, que chegou a ser dada como certa pela diretoria no fim do ano passado, e agora tem seis propostas pelo espaço. A expectativa da diretoria é fechar o patrocínio máster até o fim da próxima semana. Para o clube, o anúncio de que a Liquigás não vai permanecer e as contratações de Abreu e Herrera foram impulsos decisivos no processo de negociação. ?A Liquigás representou uma parceria muito boa para nós e para eles, mas chegamos a um impasse na negociação e isso acabou atrasando um pouco as coisas. Deixamos outras empresas no caminho porque tudo indicava que o contrato seria renovado, mas houve um ponto final na negociação e isso gerou uma mobilização. As contratações também criaram grande expectativa?, confirmou o diretor de marketing.