A contratação do atacante Ronaldo, em dezembro de 2008, levou o Corinthians a lotear seu uniforme entre vários patrocinadores para conseguir custear a operação. Em 2010, o time do Parque São Jorge teve aportes nas mangas (Bozzano), ombros (Telesena e Baú), barra da camisa (banco Panamericano) e axilas (Avanço) além da cota máster (Batavo).
Neste ano, a venda de um número maior de propriedades no fardamento parece ter se disseminado por outras equipes do país. É o caso do Grêmio, que negocia um contrato para a região do ombro.
As conversas com empresas para vender essa propriedade são uma aposta da diretoria tricolor para aumentar o valor amealhado pelo clube com patrocínios ao uniforme. No ano passado, o Grêmio renovou contrato com o Banrisul, que dobrou o valor pago ao time gaúcho e chegou a R$ 7 milhões nesta temporada (em 2011, último ano do acordo, o montante terá acréscimo de R$ 2 milhões).
Atualmente, além da cota máster, o Grêmio vende mangas e parte inferior das costas da camisa para a Tramontina. Outra aposta da diretoria para aumentar o valor da camisa tricolor é a negociação de fornecimento de material esportivo, que acontecerá durante esta temporada.
A Puma tem interesse de renovar, mas outras empresas procuraram o clube. E enquanto negocia as propriedades de seu uniforme, o Grêmio prepara ações de marketing com um perfil diferente.
Uma das apostas da equipe é o uso da imagem do estádio Olímpico – no último fim de semana, a diretoria anunciou que vai comercializar uma miniatura da arena. Segundo o cronograma da diretoria, o estádio Olímpico prevê utilização por mais três anos ? em maio de 2007, o clube aprovou projeto para a construção de uma nova arena. Portanto, o foco agora é assegurar ao torcedor uma lembrança do palco atual.
“Pensamos em vender as cadeiras, por exemplo, e criar coisas que o pessoal possa levar para casa. Queremos criar produtos que sejam recordações do estádio, como a miniatura ou até uma foto”, explicou César Pacheco, vice-presidente de marketing do clube.