Quanto perde, por estar fora da Copa do Mundo, Ronaldinho Gaúcho? Em 2006, no auge, o craque era o nome favorito para campanhas publicitárias e tinha 12 patrocinadores individuais. Quatro anos depois, em baixa no Milan e longe da seleção brasileira durante a principal competição do planeta, ficam dúvidas sobre o tamanho do prejuízo do atleta. “O fato de não estar na Copa impacta diretamente na conta bancária”, opina Rafael Plastina, especialista em marketing e retorno de mídia. “Quanto, exatamente, não dá para estimar. Mas que há perda, há”. A postura comedida, contudo, não é un”nime entre profissionais da área. O proprietário da Wolff Sports & Marketing, Fábio Wolff, garante que Ronaldinho “perdeu muito dinheiro”. “Se a Nike soubesse que ele não estaria na Copa, mudaria a estratégia para os anúncios”, explica, reafirmando que quantificar o montante é uma tarefa muito difícil. A perda de visibilidade é o principal motivo para queda nas receitas com patrocínios. “Perde, e muito, porque a Copa do Mundo tem 30 milhões de telespectadores”, argumenta Amir Somoggi, diretor de esportes da Crowe Horwath RCS. A diminuição do interesse dos torcedores, na visão do especialista, fará com que Ronaldinho seja esquecido até voltar a jogar bem. “E ainda terá de torcer para o Milan ficar entre os melhores do mundo”, completa. Quem se posiciona no lado oposto é Oliver Seitz, especialista em indústria do futebol. O raciocínio é simples: patrocínios individuais existem somente para grandes jogadores e, nesse caso, a Copa do Mundo não tem grande impacto. “Ela movimenta dois ou três meses de exposição, mas anteriormente e posteriormente a isso, se o atleta estiver em boa fase, vai compensar”. Obviamente, para Seitz, pode existir queda no interesse de novos patrocinadores, mas no que diz respeito aos atuais, caso o jogador esteja atuando bem e não tenha sido convocado por questões além do futebol, não há impacto. Nessas condições, não são poucos os exemplos. Roberto Carlos, Totti, Benzema, Vieira, Riquelme e Van Nistelrooy que o digam.