O mercado do futebol no Brasil movimentou, em 2009, aproximadamente R$ 1,9 bilhão, segundo levantamento feito pela consultoria Crowe Horwarth RCS. Entre 2003 e 2009, ainda, o crescimento registrado foi superior a 140%. “Nós publicamos projeções que indicavam 1,9 bilhão em 2009 e 2,1 bilhões em 2010”, afirma Amir Somoggi, diretor de esportes da firma. “E é interessante notar que, hoje, sete clubes já têm faturamento superior a cem milhões por ano, algo inexistente em 2003”. Para compreender a ascensão do mercado, é necessário analisar a participação de cada fator nas receitas dos times. Os direitos de transmissão, em 2003, representavam 33%. Até 2008, houve decréscimo para 23%, recuperando-se em 2009 para 28%. A verba arrecadada nas bilheterias, por outro lado, eram responsáveis por apenas 7% em 2003, mas cresceram para 11% em 2008 e fecharam 2009 em 13%. “Os clubes têm trabalhado na diversificação de receitas e têm se tornado menos dependentes da venda de atletas, que sempre sofre altos e baixos todos os anos”, explica Somoggi. Seguindo o raciocínio do diretor, a comercialização de jogadores, curiosamente, decresceu. Em 2003, representava 26% do faturamento total, atingindo 27% em 2008, porém caindo para 19% em 2009. “São sinais da crise econômica”, justifica o especialista. “Os brasileiros deixaram de vender pela falta de poder aquisitivo dos europeus”.