A Copa do Mundo travou a África do Sul. Ainda que o volume de turistas internacional seja menor na sede de 2010 do que o que foi registrado na Alemanha em 2006, o setor de serviços dá claras demonstrações do quanto estava despreparado para o volume de negócios que o torneio gera.
Tente comprar um celular ou um modem pré-pago na África do Sul, por exemplo. A resposta padrão de lojas visitadas em Johanesburgo e Pretória é que os estoques estão esgotados.
Procuradas pela reportagem da Máquina do Esporte, MTN (patrocinadora oficial da Copa do Mundo) e Vodafone (que investe na seleção da África do Sul) não souberam dizer o volume de produtos comercializados na Copa do Mundo de 2010. “Muito”, resumiu um vendedor da segunda.
O esgotamento nas lojas de telefonia móvel é apenas uma amostra do quanto o país parou. Em supermercados, tem sido comum encontrar prateleiras vazias e produtos esgotados.
A mesma situação vale para aluguel de carros. Em Johanesburgo, a fila de espera para conseguir um automóvel é de até cinco dias. Evidentemente, essa situação é agravada pela falta de transporte público eficiente.
Outra demonstração do quanto a Copa do Mundo tem complicado a estrutura da África do Sul é dado por hotéis. Nesta semana, ao menos dois deles ficaram sem água em Johanesburgo. Em Sandton, área nobre da cidade, um empreendimento ainda tenta terminar obras de construção para aproveitar a falta de vagas em outros locais e a alta procura do público.