A semelhança começa no cerimonial. Jogadores entram em campo perfilados, cantam os hinos nacionais de seus países, trocam fl”mulas e cumprimentam o quarteto de árbitros como acontece em uma partida profissional. A decisão de um torneio que integra o Coca-Cola camp, acampamento promovido pela empresa de bebidas na África do Sul, é uma versão reduzida de um confronto entre adultos. É por isso que a subsidiária brasileira da companhia não quis participar.
O acampamento da Coca teve delegações de 19 países neste ano. Os grupos se dividiram entre os que disputaram o torneio, os que viajaram à África do Sul apenas para terem clínicas e aprenderem futebol e os que buscaram recreação, caso dos brasileiros.
A delegação brasileira foi formada pelas representantes locais da Coca-Cola, e cada uma dessas empresas utilizou metodologia própria para escolher os garotos. Os processos variaram entre frases mais criativas, sorteios e até desempenho em cursos de vendas.
Os garotos (e duas garotas) selecionados viajaram para a África do Sul a convite da Coca-Cola. Eles ficaram concentrados na Universidade de Pretória, participaram de uma série de atividades no acampamento e ainda foram ao estádio para ver a vitória do Uruguai por 3 a 0 sobre a África do Sul.
Do comportamento ao nível técnico geral, a delegação brasileira deixa claro que busca apenas diversão no acampamento. A realidade é bem diferente do que acontece com outros países. Dois dos exemplos mais claros de foco no desempenho foram dados por México e Rússia, que disputaram a decisão do torneio.
O acampamento da Coca-Cola começou em 2006, na Alemanha. Depois disso, houve duas edições no Brasil (2007 e 2008). A ideia desse projeto é proporcionar a garotos de todo o mundo uma experiência baseada no futebol.
“Esse é um projeto que fala de futebol, mas que tem como grande diferencial a questão da experiência. O que nós queremos é que os garotos vivenciem algo especial”, afirmou Francesca Aguilar, gerente de projetos da companhia.