A situação da seleção francesa de futebol conseguiu ficar ainda mais conturbada. Nesta segunda-feira, por conta da crise que se instaurou no time em meio à participação na Copa do Mundo de 2010, o banco Credit Agricole SA anunciou que vai cancelar seu patrocínio à equipe.
A decisão do banco foi anunciada oficialmente por um porta-voz da empresa, que culpou a crise da seleção e a repercussão internacional que isso teve. A empresa não divulga o valor que investia na equipe nacional.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegou a enviar para a África do Sul a ministra do Esporte do país. Roselyne Bachelot foi encarregada pelo mandatário de tentar contornar a crise dos <I>Bleus</I>.
Vice-campeã mundial na Copa do Mundo de 2006, a seleção francesa começou a escancarar sua crise depois que um jornal publicou que o atacante Nicolas Anelka ofendeu o técnico Raymond Domenech no intervalo da derrota para o México.
Anelka foi substituído naquele jogo, e depois disso foi cortado da Copa do Mundo pela Federação Francesa de Futebol (FFF). Diante disso, o capitão Patrice Evra disse que havia um traidor no grupo da equipe nacional e que esse elemento havia vazado a história dos xingamentos para a imprensa.
Jornais franceses também divulgaram uma briga entre Gourcouff e Ribéry em um voo, Evra se desentendeu com o preparador físico Robert Duvene durante um treinamento e o chefe de delegação da equipe, Jean-Louis Valentin, pediu demissão.
No meio de tudo isso, jogadores divulgaram um manifesto contra a federação local pelo corte de Anelka e decidiram não realizar um treinamento previsto para esta semana.
Com um ponto ganho em dois jogos, a França ocupa a terceira posição do Grupo A da Copa do Mundo. Para se classificar à segunda fase, precisa vencer a anfitriã África do Sul na última rodada, torcer para que México e Uruguai não empatem e descontar o saldo de gols em relação ao perdedor.