Nem a eliminação nas oitavas de final atrapalhou o furor que a Copa do Mundo de 2010 criou na Coreia do Sul. O país asiático foi superado por 2 a 1 pelo Uruguai no último sábado, mas conseguiu superar a fase de grupos pela primeira vez atuando longe de seu território. Com isso, atiçou marcas e ampliou o impacto causado pelo esporte mais popular do planeta em sua região.
Segundo um estudo feito pelo instituto de investigação da Hyundai, a Copa do Mundo proporcionou um impacto de 1,19 bilhão de euros na economia da Coreia do Sul em 2010. Só a seleção nacional de futebol gerou em publicidade o equivalente a 597 milhões de euros.
A Copa do Mundo ainda transformou o meio-campista Park Ji-Sung, do Manchester United, na personalidade mais presente em campanhas publicitárias de Seul, capital da Coreia do Sul. Empresas que patrocinam o capitão da equipe nacional, como a GS Galtex, ampliaram a participação dele em comerciais por conta da competição.
A relação da Coreia do Sul com o futebol teve grande virada em 2002, ano em que o país sediou a Copa do Mundo em parceria com o Japão e chegou às semifinais. “Antes disso, não se tratava de um esporte importante. Agora, sobretudo neste ano, está claro que é um evento que arrasta muita gente”, disse Efe Lee Sang-rok, redator-chefe do diário Dong-a Ilbo, em entrevista à agência “EFE”.
Um exemplo do quanto a Copa do Mundo se transformou em um negócio positivo na Coreia do Sul a partir deste ano foi dado pela emissora de TV SBS, dona dos direitos de transmissão do evento no país. Ela investiu 65 milhões de euros para adquirir o produto, mas obteve 66,4 milhões apenas com repasses a bares, hotéis, restaurantes e locais de exibição pública.