A ameaça da Fifa funcionou. Dentro do prazo imposto pela entidade, o governo da Nigéria anunciou na noite da última segunda-feira o cancelamento de sua intervenção e da suspensão que pretendia impor às seleções nacionais de futebol. Com isso, o país africano escapa de retaliações que a entidade máxima da modalidade ameaçava fazer.
O veto à participação de seleções nigerianas de futebol em competições nacionais foi anunciado por um assessor especial do presidente local depois da Copa do Mundo de 2010. O mandatário do país, Goodluck Jonathan, reprovou a campanha no torneio e determinou esse prazo para reorganizar o esporte local.
A decisão provocou imediata reação da Fifa, que não tolera ingerências políticas sobre o futebol. Na sexta-feira, a entidade anunciou um prazo de 48 horas para a Nigéria rever sua posição. Se isso não fosse feito, a instituição ameaçava punir gravemente o país.
Na segunda-feira, questionado sobre qual seria essa punição, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, preferiu dizer apenas que esperava não precisar fazer nada. O dirigente lembrou que o prazo da Nigéria só terminaria naquela noite.
Horas depois, o escritório da presidência da Nigéria emitiu comunicado oficial cancelando a retirada de seleções nacionais de competições internacionais de futebol. Segundo o documento, a federação local se comprometeu a fazer mudança estruturais para aprimorar o nível do futebol no país durante os próximos anos.