Ela foi um sucesso na Copa do Mundo da África do Sul. Não houve um único jogo no qual não fosse ouvido o seu zumbido em coro. Ela ganhou novos adeptos, brincadeiras e até música em sua homenagem. Três clubes ingleses, no entanto, querem que o sucesso da vuvuzela fique restrito ao Mundial.
Arsenal, Tottenham e Birmingham City divulgaram um comunicado avisando que vão proibir a entrada da popular corneta usada na África em seus estádios. Os três usaram a mesma justificativa: trata-se de uma questão de segurança e de saúde.
Quando o assunto é saúde, o entendimento é mais óbvio: o dano que se pode causar aos ouvidos. Durante a Copa, a Hear The World, uma fundação especializada no estudo da surdez, fez um estudo que mostrou que a vuvuzela produz 127 decibéis. Um som acima de 85 decibéis é comprovadamente prejudicial à saúde auditiva.
Quanto à segurança, a preocupação dos clubes ingleses está nos avisos sonoros emitidos nas caixas de som dos estádios. Segundo os dirigentes, com o barulho do instrumento seria impossível ouvir as instruções passadas aos torcedores.
Até o Blackpool, time que subiu à primeira divisão inglesa nesta temporada, foi a público esclarecer que não incentivou o uso das vuvuzelas em seu estádio. A imprensa do país havia veiculado que a direção do clube queria o zumbido africano em seus jogos.