A Nestlé tem papel fundamental na introdução da corrida vertical, nova modalidade de atletismo, no Brasil. O local escolhido para sediar a primeira etapa no Brasil, por exemplo, é o prédio da empresa localizado na zona sul de São Paulo. Apesar de ver grande potencial na novidade, porém, a Nestlé não deve empenhar grandes esforços na divulgação do esporte.
A empresa não pretende, por exemplo, criar peças publicitárias para meios de comunicação em massa. “Em alguns casos, nós fazemos, como no vôlei, esporte com mais repercussão pelo fato de o Brasil ter um time campeão e por ter cobertura da imprensa bastante grande”, explica, com forte sotaque estrangeiro, o vice-presidente de lácteos e cereais da Nestlé no Brasil, Ivan Galinovic.
Segundo o executivo, a companhia patrocina vários esportes e a maneira de ativação desses aportes varia de acordo com a modalidade. No caso da corrida vertical, a Nestlé deve restringir as iniciativas a coletivas de imprensa ou ações pontuais.
A marca escolhida para representar o novo esporte é a Sollys, linha de produtos produzidos à base de soja. O motivo da decisão é a imagem relacionada a bons hábitos alimentares e exercícios físicos que a linha possui, argumento também utilizado pelos defensores da inclusão da corrida vertical no Brasil.
Quanto ao público a ser atingido pela Nestlé, Galinovic garante que a empresa busca consumidores que “se preocupem em se alimentar bem e ser saudável sem fazer grandes esforços”. “Basicamente, hoje, estamos falando de pessoas jovens, entre 25 e 35 anos, normalmente do sexo feminino”, exemplifica.
O potencial de expansão da corrida vertical em São Paulo foi analisado pela agência Mix Brand Experience, responsável por organizar a etapa do dia 29 de agosto, que colocou o Brasil no circuito mundial da Federação Internacional de Skyrunning.