A temporada 2010/2011 da Premier League tem início marcado para este sábado – o primeiro jogo será disputado por Tottenham Hotspur e Manchester City às 9h45 (de Brasília). Antes mesmo de as partidas começarem, contudo, o torneio inglês já detém um recorde: impulsionado por novos contratos de grandes equipes, o certame passou o Campeonato Alemão e se tornou a liga europeia recordista em patrocínios de camisas.
Somadas, as 20 equipes que disputarão o Campeonato Inglês receberão nesta temporada o equivalente a 121,2 milhões de euros em patrocínios. No ano passado, o total dos acordos de clubes da primeira divisão do país chegou a 119,9 milhões de euros.
Os dois principais responsáveis por essa evolução são Liverpool e Manchester United, que apresentarão novos patrocínios na temporada 2010/2011. Os dois assinaram contratos por valores superiores aos antigos.
O Liverpool, por exemplo, encerrou um acordo de 17 anos com a cervejaria Carlsberg, que não revelava o total investido no clube. A marca será substituída pelo banco Standard Chartered, cujo aporte à equipe ficará na casa de 22,8 milhões por temporada.
O valor perde para o novo patrocínio do Manchester United, equipe que procurava um novo investidor desde que a AIG anunciou que deixaria de desembolsar 17 milhões de euros por temporada – a decisão foi motivada pela crise financeira internacional. Com um acerto com a seguradora AON, o clube atingiu 23,25 milhões de euros por ano.
O problema é que a alta de patrocínios na Inglaterra é responsabilidade, basicamente, desses dois acordos. Desde a temporada 2008/2009, seis clubes (Liverpool, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Manchester City e Tottenham) concentram mais de 81% da receita advinda dessa fonte na liga inglesa.
Entre os clubes que iniciarão o torneio neste sábado, por exemplo, o Blackpool recebe 608 mil euros. O Birmingham City ganha 730 mil euros, e o contrato de patrocínio do Wigan rende 790 mil euros.
“Você tem clubes que ganham muito, e depois tem o resto”, disse Alex Miller, responsável por um estudo sobre patrocínios do Campeonato Inglês feito pela consultoria Sporting Intelligence, em entrevista à “BBC”.