Um relatório divulgado pela Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (Fifpro) nesta quinta-feira (22) revela que as atletas que jogarão a Copa do Mundo Feminina 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, entre 20 de julho e 20 de agosto, estão sob condições precárias de saúde e treinamento, sendo que muitas delas não receberam sequer pagamento durante as Eliminatórias.
Quase 30% das jogadoras internacionais entrevistadas para o relatório afirmaram que jogaram sem receber remuneração, enquanto 70%, ou seja, pouco mais de dois terços, disseram ter tirado licença não remunerada de seus empregos para representar seu país durante a competição da Fifa.
A pesquisa com jogadoras das seis confederações da entidade que comanda o futebol mundial também constatou que 54% delas não realizaram exames médicos pré-torneio, enquanto 70% não passaram por monitoramento cardíaco antes do início das Eliminatórias, e 39% não tiveram acesso a apoio de saúde mental.
“Qualquer estatística abaixo de 100% em acesso a exames médicos importantes é inaceitável”, afirmou Sarah Gregorius, líder de futebol feminino da Fifpro.
“Queremos apenas trabalhar com quem estiver disposto a trabalhar conosco, especialmente a Fifa e as confederações, para entender por que isso acontece e como podemos evitar que isso se repita, porque certamente isso não deveria ser aceitável para ninguém”, completou Gregorius.
Por questões de segurança em relação às próprias atletas, o relatório não detalha o nome nem o país das jogadoras que participaram das entrevistas para a elaboração do relatório.