A Copa do Mundo irá acelerar a construção e modernização de estádios em pelo menos 12 cidades brasileiras, integrantes do projeto para 2014. Em São Paulo, o Corinthians construirá arena em Itaquera e o processo deve ser adiantado para que abrigue a abertura do evento, enquanto, no Rio Grande do Sul, Internacional reformará o Beira-Rio para sediar partidas do Mundial.
A competição, porém, não será benéfica para todos os clubes. A Ponte Preta, do interior de São Paulo, já tem projeto de construção de novo estádio desde 2008. Apesar de já contar com construtura, a Odebrecht, empresa com papel determinante na futura arena corintiana, a direção do time de Campinas já admite adiar o plano em alguns meses em razão de as atenções estarem voltadas para a Copa.
“Para nós, atrapalha”, afirma Márcio Volpe, diretor de marketing, à Máquina do Esporte. “Com certeza terá outros projetos mais importantes para utilização do que a Arena da Ponte, então podemos ser preteridos em tempo de construção”, completa. O dirigente, contudo, reafirma a intenção do time de construir o local e acredita que o projeto não será postergado por mais que “dois ou três meses”.
Para bancar as obras, a Ponte Preta irá se desfazer o estádio Moisés Lucarelli e a venda, inclusive, já está acertada. Tão logo o time migre para a nova arena, o local antigo será repassado à companhia, que não terá seu nome divulgado, tampouco o valor da transição. A cúpula do clube espera levantar cerca de 70% dos custos da construção com a venda e completar o restante com comercialização de propriedades, como camarotes e naming rights.
A expectativa é que as obras comecem no início de 2011, em janeiro. Para tanto, a empresa que é responsável pelo projeto, Traffic, terá de viabilizar a construção perante órgãos públicos e obter uma série de requisitos, como aprovação de órgãos ambientais. O novo estabelecimento deverá contar com shopping center e atender a outras utilidades, seguindo o conceito de arena multiuso.