Durantes os próximos seis anos, o Brasil estará voltado para os dois megaeventos esportivos que acontecerão no país: a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de Verão. Apesar de toda a infraestrutura esportiva estar concentrada para os esportes que envolvem 2014 e 2016, o turismo de aventura não será ignorado e ganhará com o momento vivido pelo país.
Quem garante é Sérgio Franco, idealizador do Adventure Sports Fair. Para Franco, esses eventos valorizam a imagem em geral do Brasil e abrem espaço para mais gente conhecer as possibilidades de turismo no país. “A experiência de Copa e Olimpíada vai nos ajudar muito. Os turistas não vêm aqui só para ver jogos, mas também para conhecer o local”, afirma Franco.
Franco também faz questão de exaltar o momento crescente da modalidade de esportes radicais para turismo. Há cerca de cinco anos, o Ministério do Turismo certificou o segmento no Brasil, com vistas ao crescimento contínuo da modalidade no país. Com as novas condições, viajantes, principalmente estrangeiros, viram no país uma maior segurança. Há três anos que a modalidade cresce 20% anualmente.
Outro fator citado foi o projeto Bem Receber, do governo federal. Para a Copa do Mundo, 8 mil profissionais do turismo ao ar livre serão qualificados para o turismo de aventura. A intenção do Ministério do Turismo é que os visitantes que virão para o Mundial tenham a uma melhor estrutura para esse tipo de atração turística.
A opinião de que o Brasil está em franca evolução nesse mercado também é compartilhada por quem vê o cenário do exterior. Para o americano Shannon Stowell, presidente da ATTA (Adventure Travel Trade Association), o Brasil vive um momento de amadurecimento muito grande: “É um momento empolgante que vocês estão vivendo”, afirma.
Para Stowell, ainda há o que avançar. No entanto, o americano cita que, além do desenvolvimento maior do turismo de aventura no país, já existe uma preocupação maior com a divulgação. Como exemplo, ele citou um evento sobre o assunto na Escócia, e se surpreendeu com a presença de um stand brasileiro, divulgando as possibilidades no país.
Ainda falta ao Brasil saber explorar mais as suas diversas regiões. “Hoje há apenas centros para as atividades, como Rio de Janeiro e Manaus. É importante que outros pontos recebam um maior desenvolvimento”, afirmou Stowell. O americano citou como bom exemplo o caso do Peru, que tem o turismo no Machu Picchu “muito bem consolidado”. A prova está na presença do país na Adventure Sports Fair, divulgando suas paisagens e estruturas para visitantes.