O clássico contra o Sport, a ser disputado no próximo sábado (23), tende a ser pouco relevante para o Náutico, mergulhado em crise política. O clima no clube está conturbado após reclamações públicas de jogadores à falta de pagamento de salários e acusações de corrupção contra ex-presidente.
Após a derrota por 4 a 1 para o Paraná, sofrida na última terça-feira (13), o lateral-direito César Prates, irritado com vaias da torcida, deixou o campo se queixando de três meses de atraso e da má administração do clube. Apesar de não haver punição oficial, o atleta foi afastado do grupo desde então.
Para quitar pendências, o presidente Berillo Júnior prometeu fechar novos acordos de patrocínio. Durante a próxima semana, como apurou a Máquina do Esporte, novo parceiro para backdrops será anunciado, mas o nome da empresa deve ser mantido em sigilo a pedido da própria companhia.
Por outro lado, a direção ainda terá de dirimir problema estritamente político. O ex-presidente do time alvirrubro, Maurício Cardoso, é acusado de desviar R$ 20 mil dos cofres do Náutico. O valor não foi discriminado no balanço financeiro do segundo ano de gestão, não aprovado pelo Conselho Deliberativo.
Como maneira de protesto às investigações sobre o ex-mandatário, o vice-presidente de marketing e comunicação, Roberto Varela, e o diretor comercial, Pedro Paulo Accioly, deixaram o clube. O presidente do conselho, André Campos, ainda, afirmou que o próprio ciclo no Náutico havia acabado.