Um em cada 11 acordos de patrocínio de camisas no esporte inglês está nas mãos de plataformas de apostas, segundo um estudo da agência Caytoo feito com 225 clubes para o ano de 2022. As marcas de jogos de azar respondem por 15,4% dos principais acordos de patrocínio no futebol, liderando entre todos os segmentos econômicos.
“Mais de um terço das equipes da Premier League ainda têm um patrocinador de jogos de azar na frente da camisa, apenas um a menos do que há um ano”, comentou Alex Burmaster, chefe de pesquisa e análise da Caytoo.
“Isso mostra que as realidades econômicas e a competição acirrada do futebol superam outras considerações, e os clubes precisarão continuar recebendo o dinheiro do jogo até que não seja mais legalmente permitido”, acrescentou o executivo.
Proibição
Apesar da iminente proibição de propagandas de empresas de jogos de azar a partir do final da temporada 2025/2026, as plataformas de apostas ainda são bastante representativas entre os times da primeira divisão inglesa, entre os quais Aston Villa, Burnley e Fulham.
“A proibição de patrocínios de jogos de azar, que entra em vigor em três anos, mais o clamor crescente de torcedores sobre tais acordos quase não teve impacto no ano passado”, afirmou Burmaster.
Sobe e desce
O curioso é que, em algumas modalidades, o setor de apostas não representa uma parcela tão significativa. É o caso do críquete (4,9%) e do rúgbi (0,03%).
Construtoras e empresas de engenharia são o setor mais bem representado nos uniformes contando todas as modalidades, com 14,5% de participação.
O setor de turismo, retomado plenamente após o fim da pandemia de Covid-19, foi o que mais aumentou o número de acordos de patrocínio em 2022. Já o ramo automotivo, que enfrenta crise em todo o planeta, foi o que teve maior queda de patrocínio máster.