A onda de ataques iniciada no domingo mudou radicalmente o astral e a rotina do Rio de Janeiro. Mas, ao menos até o momento, ainda não afetou o otimismo de autoridades brasileiras sobre os megaeventos esportivos que serão realizados na cidade durante a década atual.
O argumento geral é que ocasiões como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 terão um esquema especial de segurança. O Brasil deve optar por um comando único para esse segmento durante os eventos, com participação de diferentes esferas da polícia e da inteligência do poder público.
Nesta quinta-feira, a segurança foi o principal assunto em um evento promovido no Rio de Janeiro para divulgar três novas leis voltadas às competições esportivas. O prefeito Eduardo Paes oficializou pacote de projetos que inclui ampliação da rede hoteleira e do sambódromo e construção de um autódromo em Deodoro.
“Não vemos motivo para preocupação com a Copa do Mundo e com os Jogos Olímpicos. Nossa preocupação é com quem vive aqui no Rio, que precisa de tranquilidade e paz na cidade durante o dia a dia”, determinou Luiz Barreto, ministro do Turismo, que esteve no evento.
A apresentação do pacote de leis também contou com Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador local (COL) da Copa do Mundo de 2014 e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Contudo, os dirigentes esportivos não se pronunciaram sobre a crise.
“Esse momento exige uma reflexão de todos nós. Esses criminosos estão testando a força do Estado, e nós não podemos dar trégua para eles. Vamos reagir, e não podemos ter aquela atitude tradicional da sociedade carioca nos últimos anos, de querer dar um jeito para acalmar a história porque teremos a Copa e as Olimpíadas”, ponderou Paes.