A surpresa veio aos 36 minutos do segundo tempo. Gol de Ernando, Pacaembu calado, vaga nas finais da Copa Nissan Sul-Americana garantida para o Goiás. A verdade é que, bem como imprensa e parte dos torcedores diziam, a classificação do time goiano era improvável. Agora, apesar de rebaixado à Série B do Brasileirão, a chance de conquistar um título aquece o marketing, que corre contra o tempo.
“Nós estamos pensando em ações para o jogo da semana que vem, até porque não temos muito tempo, então hoje iremos fazer reuniões para avaliar as ideias”, conta o gerente de marketing do clube alviverde, Marco Goulart. A principal ideia é montar camarote junto com a Ambev, patrocinadora, para associados, mas nenhuma ação havia sido preparada previamente, prova da surpresa com a vaga.
O caso do Goiás ainda é um pouco mais complicado, uma vez que, além do rebaixamento à segunda divisão nacional, o clima nos bastidores não é nada amigável. O atual presidente, Hailé Pinheiro, assumiu o cargo em agosto, após turbulências causadas pela suposta má gestão do antecessor. Desde então, ações de marketing foram colocadas em segundo plano para concentrar esforços no futebol.
O resultado da noite da última quarta-feira (24), porém, reanimou não apenas torcedores goianos, inflamados, principalmente, pelo descaso com o qual a imprensa tratou a equipe antes da partida, mas dirigentes, que agora veem a possibilidade de jogar a Copa Santander Libertadores em 2011. “Com ela, podemos alçar voos mais altos, fazer campanhas e camarotes”, almeja o gerente.
Ainda há, por fim, um último efeito da vitória diante do Palmeiras nos negócios do Goiás. Não há números concretos, mas Goulart notou na última quinta-feira, um dia após o triunfo, a volta de sócios ao clube. Até então, o grau de inadimplência entre filiados havia crescido, devido à má campanha na primeira divisão, fator que deve voltar a cair caso o Goiás seja bem sucedido em 2011.
Entenda como a fase política afetou o time: