Escolhido pela Fifa nesta quinta-feira para sediar a Copa do Mundo de 2022, o Qatar já começou a usar o evento para mudar a imagem que a região possui em “mbito internacional. Uma das primeiras preocupações que os representantes pelo projeto mostraram depois de o resultado ter sido anunciado foi contestar a ideia de que o país seja preconceituoso.
“A ideia de que todas as mulheres sofrem preconceito no Oriente Médio é um preconceito. Espero que possamos mudar isso”, disse o xeque Mohammed bin Hamad Al-Thani, príncipe herdeiro do Qatar.
Al-Thani, chefe da candidatura do país do Oriente Médio, celebrou a escolha da Fifa. Sobretudo porque a Copa do Mundo pode ajudar o país a criar um projeto de reformulação para sua imagem.
“Poderemos ir a um Mundial em vez de apenas assistir aos jogos a milhares de quilômetros. Muitos torcedores poderão fazer parte da família do futebol, e isso mudará a imagem do país”, projetou o príncipe.
O projeto para mudar a imagem sobre preconceito feminino, por exemplo, passa até pela criação de uma liga de futebol para mulheres no Qatar. Al-Thani é filho de Moza bint Nasser Al-Missned, ativista política que foi considerada pela revista “Forbes” uma das mais influentes do planeta.
Em seu discurso de comemoração depois da escolha, o príncipe também tentou iniciar um projeto de mudança de imagem relacionado a outros pré-conceitos. “É falsa a ideia de que não podemos fazer a Copa por sermos um país pequeno ou por causa do calor”, exemplificou.
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