O planejamento inicial da Rússia para realizar a Copa do Mundo tem uma coincidência muito grande com o que foi feito no Brasil. O Ministério das Finanças do país europeu divulgou no último fim de semana o primeiro esboço de projeto financeiro para o evento esportivo, e a principal aposta, assim como aconteceu com a sede do torneio de 2014, é a realização de parcerias público-privadas (PPP).
A primeira previsão do Ministério das Finanças da Rússia é que o poder público local invista US$ 9,6 bilhões na preparação do país para a Copa do Mundo. Esse valor não inclui a malha de transporte ou obras nos aeroportos.
A expectativa do governo russo é que a maior parte do investimento necessário para a Copa do Mundo seja oriunda da iniciativa privada. A previsão é que empresas sejam responsáveis por um aporte entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões.
No Brasil, sobretudo com relação aos estádios, o modelo de parcerias público-privadas também foi a aposta inicial para a Copa do Mundo. Contudo, as arenas do país acabaram migrando para uma divisão entre investimento público e aporte privado.
“Nós apostamos nesse modelo. A maior parte do dinheiro será investida depois de 2013, quando o país já tiver terminado a preparação para os Jogos Olímpicos”, disse Alexei Kudrin, ministro das Finanças, sobre o planejamento da Rússia para receber as Olimpíadas de inverno de 2014 em Sochi.
A grande diferença entre Rússia e Brasil é que o país europeu tem uma previsão maior de participação de empresas locais em seu modelo de PPPs. Na última semana, depois de o país ter sido anunciado como sede, responsáveis pela campanha prometeram engajar companhias da região no projeto.
Atualmente, por exemplo, a Gazprom tem trabalhado em obras em São Petersburgo, cidade que receberá parte da estrutura dos Jogos de Sochi. Além disso, reformas nos estádios do Dynamo Moscou e do Spartak Moscou já asseguraram, respectivamente, participações da Lukoil e da VTB.