O fechamento do estádio do Mineirão para reformas, de maneira que esteja apto a receber partidas da Copa do Mundo de 2014, custou a Cruzeiro e Atlético-MG cerca de R$ 8,4 milhões, diferença entre as arrecadações de 2009 e 2010 no Campeonato Brasileiro. A dupla, que disputou partidas em três locais distintos, teve índices de lucro bem abaixo dos adversários.
Com jogos realizados na Arena do Jacaré, no Parque do Sabiá e no Ipatingão, o Atlético-MG arrecadou R$ 2,7 milhões, após ter atingido a marca de R$ 10,5 milhões no ano anterior. O Cruzeiro, por sua vez, conseguiu arrecadar R$ 7,1 milhões, diante dos R$ 6,5 milhões da temporada anterior, em função da excelente campanha desempenhada em 2010, quando terminou a competição em segundo.
Em termos de lucro, porém, o Cruzeiro, vice-campeão brasileiro, é apenas o 13º colocado, com R$ 1,8 milhão efetivamente embolsado. O Atlético-MG, candidato ao rebaixamento à segunda divisão por várias rodadas, foi ainda pior e lucrou R$ 1,1 milhão, abaixo de outras equipes rebaixadas, como Vitória (R$ 1,7 milhão) e Guarani (R$ 1,6 milhão).
Em “mbito nacional, em um cenário no qual as 20 equipes da primeira divisão somadas lucraram aproximadamente R$ 51,7 milhões, o lucro somado de Cruzeiro e Atlético-MG representa 5,6% do total. O valor é inferior ao lucrado por clubes como Palmeiras, que embolsou R$ 3,3 milhões, e Grêmio, dono de lucro aproximado de R$ 4,3 milhões.
O faturamento anual de ambos, porém, revela que a participação das equipes mineiras deveria ser maior, uma vez que o time celeste fatura R$ 121,3 milhões e o alvinegro, R$ 66,1 milhões, números muito próximos aos rivais Palmeiras (R$ 125 milhões) e Grêmio (R$ 110,9 milhões), segundo levantamento da consultoria Crowe Horwath RCS.