Modalidades incluídas no programa dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, golfe e rúgbi são os dois novos esportes contemplados pelo repasse da lei Agnelo/Piva. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou nesta segunda-feira o modelo de divisão dos recursos advindos da legislação, que destina ao esporte 2% de todo o dinheiro arrecadado com loterias federais.
As confederações nacionais de golfe e rúgbi receberão R$ 500 mil cada. Entre as outras modalidades, o piso estabelecido pelo COB é de R$ 1,3 milhão para os esportes que não têm patrocínios. O repasse limite é de R$ 3 milhões.
O COB tem uma expectativa de receita de R$ 130 milhões oriundos da Agnelo/Piva para 2011. Além da divisão entre as modalidades, o comitê reservará R$ 14 milhões para um fundo de projetos especiais.
Por lei, o COB fica com 85% do dinheiro arrecadado das loterias – os outros 15% vão para o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). A entidade é obrigada a investir 10% no esporte escolar e 5% no esporte universitário. Os R$ 110 milhões restantes são divididos entre projetos de desenvolvimento do esporte (R$ 40 milhões), fundo olímpico (R$ 14 milhões) e repasses a confederações (R$ 54,8 milhões). A instituição não explica o destino do R$ 1,2 milhão restante.
O fundo olímpico de R$ 14 milhões terá como principal foco o desenvolvimento de atletas de modalidades individuais. O repasse às confederações, por sua vez, é determinado de acordo com cinco critérios básicos: resultados em 2010, chances de medalhas no Pan-2011 e nos Jogos Olímpicos de 2012, atletas entre os dez melhores do mundo, patrocínios recebidos e liberação do uniforme.
“O objetivo do COB é aproximar os valores recebidos pelas confederações, de forma a proporcionar condições de desenvolvimento às modalidades olímpicas, sobretudo as que não têm patrocínios, levando-se em conta também o histórico das modalidades e as possibilidades de futuras medalhas”, disse Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo de esportes do COB.