Um estudo envolvendo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a Prefeitura de São Paulo e a organização da São Silvestre pode, enfim, fazer com que a tradicional prova de rua, que encerra a temporada do atletismo nacional, deixe seu tradicional percurso e deixe de ser encerrada na Avenida Paulista.
“Dentro de seis meses devemos ter os resultados desse estudo e aí decidiremos o que fazer”, afirmou Thadeus Kassabian, diretor de operações da prova e dono da Yescom, empresa que organiza a competição.
O maior entrave que existe hoje para a São Silvestre é na dispersão dos mais de 20 mil atletas que participam da corrida. Com a realização da festa de Reveillón também na avenida, a dificuldade dos organizadores e da esfera pública é controlar o público.
Em 2009, a Yescom teve problemas com a segurança dos competidores para entregar a medalha de participação da prova. Tanto que, em 2010, a empresa decidiu que o kit do atleta já terá a medalha, não precisando que ele encerre a sua participação para receber o prêmio.
A atitude gerou revolta de boa parte da comunidade de corredores. Protestos, principalmente no Twitter e em blogs sobre corrida surgiram, mas não mudaram a opinião dos organizadores.
“A minha principal preocupação nossa é com a segurança do corredor”, disse Kassabian, que está irredutível com a questão da entrega das medalhas antes do evento.
Agora, o promotor aguarda a definição da esfera pública para decidir que rumo tomar na São Silvestre. A expectativa é de que o Parque do Ibirapuera, tradicional ponto de chegada das provas de rua paulistanas seja escolhido como novo local de encerramento da corrida, que deixaria de ter na subida da Avenida Brigadeiro Faria Lima o seu ponto mais crítico e charmoso.
A hipótese de fazer com que a Avenida Paulista deixe de ser o local de encerramento da São Silvestre existe há muitos anos, porém nunca foi levado adiante pela Fundação Cásper Líbero, criadora da prova, há mais de 80 anos.