Enquanto no futebol empresas aumentam as quantias pagas aos clubes para ampliar a exposição da própria marca, no basquete, tanto no masculino quanto no feminino, há patrocinadores que cedem valores para subsidiar o crescimento determinadas equipes, mas exigem que seus respectivos nomes e marcas sejam mantidos em absoluto sigilo.
Integrante do Novo Basquete Brasil (NBB), o Winner/Limeira é uma das equipes do basquete masculino que possui investidores enigmáticos. “Existem empresas que não entram na camisa e até pedem para não terem seus nomes citados por nós”, conta Denis Fernando, assessor de comunicação que atua também na área de marketing da equipe.
A mesma situação é vivida por Basquete Clube e Poty/Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva Basket Clube, equipes da Liga de Basquete Feminino (LBF). Ambas contam com suporte financeiro de companhias que optam por não obter exposição nenhuma. Em todos os casos, o patrocínio ao basquete acaba sendo encarado como doação.
A explicação mais razoável para esse cenário está na maneira como os aportes são negociados. Os presidentes das equipes recorrem aos colegas de outras companhias para suprir necessidades financeiras. Atraídos por amizades pessoais, sensibilizados por situações financeiras delicadas, esses empresários cedem verba, mas abrem mão da exposição de marca que poderia ser gerada.