De uma hora para outra, São Caetano do Sul deixou de ser uma potência esportiva nacional. A cidade da Grande São Paulo, vencedora de 13 das últimas 14 edições dos Jogos Abertos do Interior, interrompeu o apoio financeiro ao esporte e demitiu 720 dos 986 atletas que treinavam no município.
Permanecem em São Caetano apenas os esportistas que contam com patrocínios próprios. Aqueles que dependiam do dinheiro da prefeitura, grupo que inclui nomes como os judocas Carlos Honorato e Edinanci Silva e o lutador de taekwondo Diogo Silva, foram dispensados.
Com isso, São Caetano reduziu de 28 para quatro o número de modalidades esportivas em que a cidade mantém equipes. A prefeitura não revela o investimento que fazia nos times, mas a decisão de redução foi tomada por um corte de R$ 1 milhão no orçamento.
A ideia da prefeitura agora é fazer um estudo de viabilidade das modalidades esportivas. Quando esse documento estiver pronto, a proposta é recontratar os atletas que ainda estiverem no mercado e forem identificados como eficientes para o município.
O curioso é que o jornal “Folha de S.Paulo” questionou Mauro Chekin, secretário de Esporte e Turismo de São Caetano do Sul, sobre o porquê de esse estudo não ter sido realizado antes das demissões. A resposta dele é que o modelo se deve à “latinidade”.
“Infelizmente, não somos americanos ou orientais para ter essa visão macro lá atrás e planejar com essa tendência. Somos latinos. Então foi: vamos fazer? Legal, vamos fazer”, disse o secretário ao periódico paulistano.