A iniciativa era inovadora e tinha tudo para dar certo. Os sites de compra coletiva, nos quais várias pessoas decidem comprar o mesmo produto e ganham desconto por essa razão, surgiram como opção para venda de ingressos por parte de clubes de futebol. A primeira tentativa, contudo, frustrou as perspectivas de três grandes equipes brasileiras.
Em São Paulo, o time tricolor homônimo cedeu desconto de 67% para torcedores por meio do site “Clickon”, mas conseguiu apenas 305 compradores. Por um pacote de dez jogos do Campeonato Paulista, portanto, o São Paulo terá arrecadado aproximadamente R$ 30 mil. Apenas contra a Ponte Preta, o montante lucrado ultrapassa R$ 188 mil.
A muitos quilômetros de dist”ncia, em Pernambuco, a dupla de rivais Náutico e Sport busca argumentos para justificar as vendas abaixo do esperado. Com o site “Ogentefina”, o primeiro obteve R$ 12 mil, ao comercializar 122 pacotes, enquanto o segundo, por meio do “Offshop”, levou R$ 11 mil, com cerca de 100 pacotes vendidos.
“A torcida do Náutico gosta mais do Brasileiro do que do Pernambucano, e já temos programa com governo, que troca notas fiscais por ingressos no Pernambucano”, explica Fábio Malessa, diretor de relacionamentos do Náutico. O clube alvirrubro ainda teve de ceder aproximadamente 10% do valor ao site de compras coletivas.
O Sport, por sua vez, apoia-se na falta de divulgação para justificar o fracasso, mas realça pontos positivos da primeira tentativa. “É muito interessante porque antecipa e garante receita”, argumenta Sid Vasconcelos, diretor de marketing. “Mas nós iremos divulgar melhor, porque muitas pessoas não souberam em tempo”.