Após fechar negócio com BMG, que irá preencher peito e costas da camisa alvinegra, o Santos irá se concentrar na busca por empresa para ocupar o calção. A propriedade é a única que ainda não foi comercializada pelo marketing da equipe e, caso seja vendida, fará com que o clube supere a casa dos R$ 30 milhões com patrocínios.
Atualmente, o time Santos recebe em torno de R$ 28 milhões anuais com aportes, valor arrecadado pelo Flamengo em 2010. O aumento desse valor foi possibilitado pela ampliação do número de marcas no uniforme. Em 2011, o clube acrescentou Netshoes nas mangas, CSU no interior do número e BMG na cota máster.
A Seara, que no ano anterior ocupou peito e mangas, foi deslocada para o ombro. A marca do grupo frigorífico Marfrig não aceitou a proposta de renovação do contrato feita pelo Santos, em torno de R$ 19 milhões, com reajuste entre 25% e 30% sobre o acordo anterior, e teve a participação na equipe da Baixada Santista reduzida.
A extensão do contrato com a Seara era provável, mas, em meio às negociações, surgiu a proposta do BMG, que já havia conversado com dirigentes do clube algumas vezes. Quando, no início de fevereiro, a oferta do banco mineiro foi oficializada, o clube procurou a Seara e acertou a renovação, condicionada à mudança de propriedade.
O acordo com o BMG, por sua vez, restringe-se à exposição de marca na camisa alvinegra. Ao contrário do que é feito pela companhia em outros clubes da elite brasileira, como São Paulo, a princípio, o patrocínio não envolve participação em direitos de jogadores. O modelo de negócios, na verdade, nem chegou a ser proposto pelo banco.
O torcedor santista, por fim, terá de se acostumar com maior número de cores no uniforme santista. Se no ano passado as cores branco e preto foram sobrepostas apenas pelo vermelho da Seara, nesta temporada a peça irá acrescentar à tonalidade do frigorífico o laranja, oriundo da marca mineira, que causou desconforto entre outras torcidas.