Em sessão realizada na última quarta-feira, a c”mara dos deputados aprovou a criação da Autoridade Pública Olímpica (APO). No entanto, a julgar pelo modelo proposto pela casa, o cargo terá bem menos poder do que se imaginava.
Após intervenção de políticos do Rio de Janeiro, o texto de criação da APO colocou o cargo hierarquicamente abaixo do Conselho Público Olímpico, formado por autoridades locais (prefeitura e governo) e pelo governo federal.
Além disso, a c”mara vetou emenda proposta pelo deputado Geraldo Magela (PT-DF), que pretendia ter menos rigidez nas licitações. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o novo formato desagradou Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e favorito da presidente Dilma Rousseff para ocupar o cargo.
Ainda de acordo com o periódico, Dilma chegou a propor a Meirelles que ela mesmo represente o governo federal no Conselho Público Olímpico. Isso ajudaria o dirigente a manter autonomia para decidir.
A APO ainda depende de aprovação do Senado, e precisa que isso seja feito até o dia 1º de março para não caducar. A criação é uma das principais exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro.