Liedson comemora com Dentinho no Pacaembu: novos ídolos?
Em campo, Liedson tem se mostrado o substituto ideal de Ronaldo. O ex-atacante do Corinthians, no entanto, estava longe de ser apenas um jogador – ele se tornou um símbolo do time para seus torcedores e seus patrocinadores. Órfã, a diretoria de marketing do Parque São Jorge tenta encaixar o seu substituto nos gramados nos flashes do estrelato.
A primeira medida foi perguntar ao torcedor corintiano qual é o número de camisa que ele gostaria de ver Liedson jogando. Atualmente, o atacante tem usado a 9 que era de Ronaldo, mas a numeração ainda não está fixada. Uma das opções apresentadas pelo site oficial do clube foi a 17, identificada com o jogador em sua primeira passagem pelo time, em 2003. Até o momento, a 9 vence com quase 90% dos votos.
Se a semelhança nos gols e na numeração já está assegurada, caberá a Liedson se encaixar em um quadro mais midiático na sua carreira, o que não seria uma novidade. Ídolo do Sporting Lisboa, seu clube anterior, o jogador era alvo de ações de marketing com vendas de produtos do time português. O cachecol com a frase “Liedson Resolve”, por exemplo, esteve entre os mais vendidos durante sua passagem no velho continente.
A necessidade da diretoria de marketing do Corinthians em encontrar um rosto para as suas ações se explicita quando se retorna em um ano. No início de 2010, o clube comemorava o início da temporada do centenário focado em três jogadores: Ronaldo, aposentado, Roberto Carlos, que já saiu do clube, e Defederico, argentino que jamais se firmou no time e já voltou para o seu país de origem.
Nos bastidores, nomes de peso como Adriano e Luis Fabiano foram cogitados no Parque São Jorge, sem que as negociações avançassem. Ambos os nomes eram centroavantes com boas passagens pela seleção brasileira, ou seja, que estiveram constantemente na mídia nos últimos anos.
Já Liedson terá que superar sete anos e meio de ausência para o público brasileiro e, principalmente, corintiano. Durante o período, o jogador também defendeu a seleção, mas a portuguesa, pela qual disputou a Copa do Mundo. Sua idolatria em Portugal surgiu após grandes atuações em campo. Com passado vitorioso no Corinthians e com sete gols em cinco jogos, o marketing do clube espera que a história se repita em 2011, no Brasil.
