Com aval da Federação Paraense de Futebol (FPF), o governo do Pará decidiu interromper o pagamento de um patrocínio aos times de futebol profissional da região. A decisão foi tomada porque as equipes não estão respeitando a principal contrapartida do acordo, que era a exposição de marcas estaduais em seus uniformes de treino e jogo.
“Infelizmente, a federação não tem poder de exigir nada dos clubes. Quem tem de fazer isso é o governo, e o governo está agindo corretamente à medida que busca na Justiça o direito de ter sua marca nas camisas dos clubes”, disse José “ngelo Souza de Miranda, presidente da FPF.
O governo paranaense assinou três contratos com os clubes locais, todos no início deste ano. A Fundação de Telecomunicação do Pará (Funtelpa) se comprometeu a pagar R$ 2,4 milhões pelos direitos de mídia do Campeonato Paraense, a Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) se comprometeu a pagar R$ 1.105.810 aos clubes locais e o Banco do Estado do Pará (Banpará) ofereceu aportes a Paysandu (R$ 50 mil), Remo (R$ 50 mil), Águia (R$ 15 mil) e São Raimundo (R$ 15 mil).
No total, o investimento que o governo se comprometeu a fazer no futebol local era de R$ 5.065.810. No entanto, apenas uma primeira parcela foi realmente desembolsada – 40% do contrato da Funtelpa e R$ 443.524 referentes aos outros dois acordos.
O problema é que as marcas da Seel e do Banpará ainda não apareceram nos uniformes. Além disso, as duas empresas têm direito a placas nos estádios, outdoors, backdrops e exibição em todo o material promocional das equipes.
O governo notificou os clubes, por meio da FPF, em fevereiro deste ano. Como as marcas não foram inseridas nos uniformes, um comunicado de março oficializou a interrupção do aporte.