A revolta de atletas da liga profissional de futebol americano (NFL) não é mais um caso isolado nos Estados Unidos. A liga profissional de basquete do país (NBA) também enfrenta uma crise na relação entre franquias e jogadores. O motivo para isso é uma discussão sobre um teto salarial mais rígido para a competição nacional.
Na última terça-feira, houve uma reunião entre David Stern, principal dirigente da NBA, e Billy Hunter, diretor-executivo da associação nacional de jogadores de basquete (NBPA, na sigla em inglês) para conversar sobre a possibilidade de um teto salarial na liga. Existe um contrato que baliza os gastos com jogadores na competição atualmente, cuja validade expira no dia 30 de junho deste ano.
Se não houver um novo acordo até essa data, a NBA entrará em greve. Até o momento, nenhuma das partes sinalizou possibilidade de ceder em suas propostas para o futuro da liga com gastos salariais.
O teto salarial é uma das estratégias usadas pela NBA para garantir a competitividade entre as franquias. Essa é uma regra que obriga as equipes a dividirem alguns dos principais jogadores.
Atualmente, o gasto total das franquias com salários de atletas gira em torno de US$ 2,1 bilhões. A proposta da NBA é reduzir isso para US$ 800 milhões a fim de amenizar o prejuízo da liga com jogadores.
Stern e Hunter já tiveram negociações similares em 1999 e 2005, mas entraram em acordo nas duas oportunidades. “[O que nós queremos é] um sistema em que as 30 equipes possam competir e que, se forem bem geridas, possam gerar lucro”, disse Adam Silver, que trabalha para a liga.
A NBPA, por sua vez, exige ao menos um contrato similar ao atual. “Infelizmente, a proposta feita agora é bem similar à oferta do ano passado”, disse Derek Fisher, presidente da associação, à “ESPN”.