O ciclismo brasileiro está na berlinda. Um esc”ndalo de doping envolvendo atletas da modalidade colocou em xeque a confederação brasileira (CBC), que precisou fazer esclarecimentos nesta semana para o Ministério do Esporte e o Banco do Brasil.
O Banco do Brasil era o principal patrocinador do ciclismo nacional desde 2009. O contrato com a CBC, que já terminou, ainda não foi renovado e depende da análise que o banco fará sobre o esc”ndalo.
No caso do Ministério do Esporte, a reunião reflete uma preocupação da pasta. Depois do esc”ndalo, o governo federal anunciou que terá um programa de controle antidoping para atletas nacionais.
O caso envolvendo o ciclismo começou no dia 3 de maio deste ano, quando o canal “ESPN Brasil” revelou o teor de uma reportagem especial ainda não exibida. A emissora disse ter tido acesso a uma série de resultados positivos de exames antidoping de ciclistas brasileiros, referentes aos últimos três anos, enviados pela União Ciclística Internacional (UCI).
Os exames geraram ao menos oito suspensões preventivas, com penas que vão de oito meses a dois anos. Outros seis atletas foram pegos em antidopings mais recentes – quatro em 2010 e dois nesta temporada –, e por isso ainda não sofreram punições.
O pior é que, segundo a reportagem da “ESPN Brasil”, a CBC teria tentado esconder os casos. A entidade teria pedido aos atletas que não falassem sobre a punição para evitar que o esporte ficasse manchado e que o contrato com o Banco do Brasil fosse prejudicado.
Quanto ao Ministério do Esporte, pelo menos dois ciclistas que testaram positivo receberam dinheiro da Bolsa Atleta, ajuda provida pela pasta.