A promessa de um processo de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local da Copa do Mundo de 2014, não reduziu o impacto das acusações feitas por David Triesman, ex-presidente da associação inglesa de futebol (FA). A entidade prometeu conduzir uma investigação independente sobre as denúncias de corrupção no processo de escolha da Rússia como sede do Mundial de 2018.
Na última terça-feira, em audiência do comitê de cultura, mídia e esporte do parlamento inglês, Triesman disse que ao menos quatro dirigentes pediram contrapartidas para votar na Inglaterra. A lista inclui Ricardo Teixeira, Jack Warner (Concacaf), Nicolas Leoz (Conmebol) e Worawi Makudi, da federação de futebol da Tail”ndia.
Ainda de acordo com o dirigente brit”nico, a lista de propostas variou muito entre os dirigentes. Warner, por exemplo, teria pedido US$ 4 milhões para construir um centro educativo em Trinidad e Tobago e outros US$ 800 mil para comprar direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2018 no Haiti. Makudi queria os direitos de mídia de um amistoso entre a seleção de seu país e a Inglaterra, Nicolas Leoz pretendia ser condecorado cavaleiro da coroa brit”nica e Teixeira teria questionado o que a Inglaterra podia oferecer a ele.
A reação de Teixeira foi uma promessa de processo ao dirigente inglês, que também presidiu a candidatura do país ao posto de sede da Copa do Mundo de 2018. Triesman disse que segurou as acusações até agora porque o impacto seria menor se elas fossem feitas anteriormente e o principal prejudicado poderia ser o projeto brit”nico.
“As acusações feitas por Triesman são muito sérias. Precisamos determinar o quanto antes o que está por trás dessas denúncias”, disse David Bernstein, atual presidente da FA.
A investigação será feita diretamente pela entidade. Ainda não existe um cronograma para essa averiguação, mas a ideia é apresentar os resultados à Fifa para que a entidade decida o que fazer com os dirigentes citados.