Casos de corrupção na política também prejudicam o futebol. Essa é a conclusão que pode ser tomada por torcedores de Guarani e Ponte Preta. Ambas as equipes são sediadas em Campinas, no interior de São Paulo, cuja prefeitura está sendo investigada pelo Ministério Público (MP-SP), e têm dificuldades para executar ações.
Nesta semana, o MP ouviu 11 pessoas acusadas de esquema de fraude e corrupção no órgão municipal. Demétrio Vilagra, vice-prefeito de Campinas, e Francisco de Lagos Viana Chagas e Carlos Henrique Pinto, ambos secretário municipais, tiveram prisão temporária decretada, mas não foram à polícia e estão foragidos.
Com tantos políticos envolvidos no caso, a prefeitura está praticamente paralisada. Como consequência, ações planejadas por Guarani e Ponte Preta que precisam do aval do município para acontecer foram temporariamente inviabilizadas. “Está tudo parado”, lamenta Mercival Piron, diretor de marketing do Guarani.
As ações englobam desde mobilização de torcedores e carreatas, nas quais é necessária a atuação da guarda municipal para fechar ruas e coordenar o tr”nsito, até a venda do estádio Brinco de Ouro por parte do Guarani. “O projeto que passa pela venda da arena depende da aprovação da prefeitura”, explica o dirigente.
A eventual venda do Brinco de Ouro afeta diretamente o futuro próximo do clube alviverde. Há planos para que a arena seja vendida para pagamento de dívidas, enquanto novo local seria adquirido no mesmo negócio para construção de novo estádio. A prefeitura tem de fornecer, por exemplo, alvará de funcionamento, ou não há negócio.