O Connecticut Sun conseguiu um feito histórico na última temporada da liga profissional de basquete feminino dos Estados Unidos (WNBA). Em 15 anos de existência da competição, a franquia foi a primeira a encerrar um ano com lucro. Com isso, já conseguiu estabelecer no país um debate sobre os modelos possíveis para viabilizar economicamente o torneio.
O motivo para a discussão é que o Sun foge do modelo tradicional da WNBA. A franquia não é de nenhum time da liga masculina, e não joga em uma cidade que tenha uma equipe na NBA – essa situação se configurou apenas em 2003, quando o clube deixou Orlando.
O Sun é da tribo indígena Mohegan, que também é proprietária do resort-cassino Mohegan Sun, sede dos jogos da equipe. A arena tem dez mil lugares, e fica a 48,3 quilômetros da Universidade de Connecticut.
A proximidade com o centro de ensino é fundamental para o sucesso, já que Connecticut tem sete títulos da liga universitária dos Estados Unidos (NCAA). A tradição local no basquete feminino facilita a criação de um público cativo.
“Nós não precisamos vender o esporte para a nossa base de fãs, mas nós também competimos com um time em que duas derrotas por temporada representam um mau resultado”, ponderou Mitchell Etess, diretor-executivo da franquia, ao “Wall Street Journal”.
O que torna mais complicado entender o sucesso do Connecticut Sun é que o time não revela dados sobre faturamento. Portanto, existe um debate sobre a origem do lucro – pode ter sido pela alta presença de público ou pelos cortes de gastos, por exemplo.
O curioso é que o Connecticut Sun não está entre os cinco times da WNBA que já aderiram ao patrocínio de uniforme. New York Liberty (Foxwoods Resort Casino), Phoenix Mercury (LifeLock), Seattle Storm (Bing), Los Angeles Sparks (Farmers Insurance) e Washington Mystics (ivona Health) são os times que usam esse expediente.