A derrota do América-MG por 4 a 2 para o Internacional, no último domingo (5), desestimulou o clube mineiro a seguir com a estratégia de jogar fora do Estado de Minas Gerais. Em meio a críticas, em função de ter deixado a região natal em busca de maiores receitas, a equipe já admite que deve voltar à Arena do Jacaré por algum tempo.
“Jogar lá foi muito significativo, porque estamos em busca de equilíbrio financeiro, mas tomar três gols em 15 minutos desestabiliza o time”, justifica Olímpio Naves, responsável pelo marketing do clube mineiro. Caso a equipe tivesse batido o Internacional, diz ele, torcedores e imprensa não criticariam em igual intensidade a mudança.
Nas finanças, é impossível atestar se a estratégia funcionou, uma vez que a CBF, até o fechamento desta reportagem, ainda não havia divulgado o boletim financeiro referente ao jogo. Esse deslize, inclusive, desrespeita o Estatudo do Torcedor, que obriga a publicação até as 14h do terceiro dia útil seguinte à partida.
De qualquer modo, o América-MG tem enfrentado muitas dificuldades para lucrar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, estádio mais utilizado pelos clubes mineiros desde o fechamento do Mineirão para reformas. Em seis jogos disputados no local na condição de mandante, neste ano, o clube soma prejuízo de R$ 7,9 mil, ao todo.
A título de comparação, quando a equipe migrou para o estádio Melão, em duas oportunidades enquanto mandante, o lucro somado é de apenas R$ 2,9 mil. Esses números fazem do América-MG a equipe que menos recebeu com bilheterias, entre times da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, nesta temporada.
“A ideia é que a gente fique por um tempo sem deixar Minas Gerais, mas nosso objetivo ainda é fazer novas experiências, porque, do ponto de vista financeiro, precisamos encontrar alguma alternativa”, acrescenta Naves. “Estamos voltando à Série A antes de estar totalmente estruturados, então precisamos disso”.