A próxima relação entre Flamengo e Traffic, existente desde janeiro deste ano, quando a dupla conseguiu trazer Ronaldinho Gaúcho de volta para os estádios brasileiros, será reavaliada pelo clube muito em breve. O conselho deliberativo, cuja aprovação é necessária para que negócios de fato aconteçam, irá analisar a parceria.
O estatuto do clube carioca permite que movimentos feitos pelo departamento de futebol sejam concretizados sem a autorização de conselheiros, mas, como a proximidade com a agência de marketing esportivo está situada na área do marketing, a aprovação do órgão interno é necessária, ainda que de maneira tardia.
Conceitualmente, o conselho flamenguista possui poder para barrar a atuação da Traffic e desfazer a parceria, mas, na prática, nada disso deve acontecer. A análise a ser realizada pode, eventualmente, gerar determinados ajustes em alguns pontos. Ainda não se sabe, contudo, se algo será alterado no negócio.
Essa análise já deveria ter sido efetuada logo no início do ano, mas o clube carioca esteve concentrado na negociação dos direitos de transmissão com a Globo, e portanto afirma não ter tido tempo para estudar quase nenhum outro negócio. Como o imbróglio com as emissoras já está praticamente resolvido, o foco será a Traffic.
A principal desconfiança em relação à agência é o modo que ela vem obtendo retorno na parceria com o clube. O Flamengo paga R$ 250 mil mensais a Ronaldinho, enquanto a Traffic desembolsa outros R$ 750 mil para explorar a imagem do atleta. Esse dinheiro seria recuperado em patrocínios, mas a cota máster segue vaga.
Como a Traffic não conseguiu vender a principal propriedade flamenguista, mesmo com oferta de R$ 15 milhões da Peugeot, retirada depois da recusa, pairam dúvidas sobre a atuação da empresa dentro do clube. Procurada pela Máquina do Esporte, a agência não conseguiu se posicionar a respeito até o fechamento deste texto.
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