Nada resolvido nas negociações entre Internacional, Grêmio e Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). Após algumas reuniões, o patrocínio da estatal à dupla de clubes gaúchos ainda não foi renovado, tampouco descartado. Há negociações paralelas, no entanto. O BMG, além de três outras empresas, fizeram ofertas pelas propriedades.
O Internacional, individualmente, mantém conversas com essas três empresas, cujos nomes não foram revelados. Nos casos de Banrisul e BMG, segundo apurou a Máquina do Esporte, a equipe colorada está negociando em parceria com o Grêmio, pois há interesse dos bancos de patrocinar as duas camisas simultaneamente.
A entrada do banco mineiro, contudo, esbarra no desejo dos clubes de não inserir cores diferentes das adotadas tradicionalmente. “Se quiser patrocinar o Inter, tem de colocar a marca em branco ou vermelho, ou não fechamos negócio, porque nossa camisa não é macacão de Fórmula 1”, avisa Jorge Avancini, diretor de marketing do clube.
O BMG, especificamente, tem insistido em usar a cor laranja em todas as agremiações que decidiu patrocinar. Em várias equipes apoiadas, sobretudo no Cruzeiro, os respectivos torcedores protestaram em relação ao tom da marca e ao tamanho que ela ocupa, mas nenhum clube conseguiu convencer a empresa a se adaptar.
“É claro que é um limitador, e até podemos deixar de fechar um negócio, mas não podemos deixar de pensar na estética e no desejo dos nossos torcedores”, acrescenta Avancini. Outras imposições feitas pelo clube colorado para acertar patrocínio é a duração do contrato, de pelo menos dois anos, e a criação de ações de ativação.
Enquanto nenhuma conclusão é obtida por Internacional e Grêmio, a dupla continuará usando a marca do Banrisul. O patrocínio, vigente desde 2001, é o segundo mais longevo entre os que permanecem ativos no país. Deixar a marca na camisa, mesmo quando o contrato expirou no início de junho deste ano, é uma maneira de agradar a estatal.
A mesma iniciativa já havia sido adotada na última vez em que Banrisul e os dois clubes negociaram a renovação, em 2009. À época, as agremiações reivindicaram que o montante pago para cada time fosse elevado de R$ 3,6 milhões para R$ 7 milhões anuais. Dessa vez, sobretudo pela existência de outras ofertas, o valor deve subir de novo.