Um dos maiores carrascos brasileiros na Copa Santander Libertadores, o Boca Juniors está de volta aos campos do Brasil. Dessa vez, não para enfrentar equipes pela competição continental, mas para se preparar para a próxima temporada do Campeonato Argentino. O clube irá realizar a pré-temporada, em julho, no Estado do Paraná.
Quem irá receber os argentinos é o Atlético Parananese, cujo centro de treinamento, apelidado “CT do Caju”, será utilizado pela equipe durante a estadia no país. Essa visita, entretanto, não tem como objetivo apenas preparar tecnicamente os atletas da equipe. A vinda do Boca Juniors faz parte de estratégia para penetrar no mercado brasileiro.
A Pro Entertainment, responsável por licenciar a marca do clube argentino no Brasil, optou por trazer os jogadores para o país para reforçar a presença da marca entre o público brasileiro. Desse modo, a comercialização de produtos licenciados alusivos à agremiação, um dos focos de atuação da agência, é potencializado.
“Nós queremos fazer com que meninos tenham vontade de usar boné, caneta ou camisa do nosso clube”, explica Matias Sassaro, gerente comercial do Boca Juniors. À Máquina do Esporte, o dirigente argentino aproveitou para detalhar outras ações ligadas à atuação do marketing da equipe no país, como a criação de escolinhas de futebol.
Em parceria com a Pro Entertainment e com a DFS Gol Business, detentoras da marca e do direito de instalar franquias da agremiação no Brasil, respectivamente, o Boca fundou cinco estabelecimentos em São Paulo. Além da busca por jovens talentos brasileiros, espera-se, novamente, ampliar a presença da marca no mercado nacional.
“Com essa base de meninos, que começam a se apaixonar e talvez até a torcer pelo Boca, procuramos que pais e amigos também se envolvam e torçam por nós”, acrescenta o gerente comercial, em referência aos aproximadamente 850 garotos que já jogam com a camisa argentina em solo brasileiro, consumidores em potencial.
O Boca Juniors eliminou da Libertadores, entre 2000 e 2008, Palmeiras, Vasco, Santos, Paysandu, São Caetano e Cruzeiro, mas não vem obtendo bons resultados em campo nos últimos três anos. Para que esses negócios ganhem eficiência, espera-se que mais clubes brasileiros voltem a ser vítimas dos argentinos.