Embora seja um dos estádios em estágio mais avançado de construção no país, mesmo sem previsão de uso durante a Copa do Mundo de 2014, a Arena do Grêmio deve sofrer alterações ainda antes do fim das obras. O clube gaúcho e a OAS, construtora parceira na empreitada, pretendem ampliar o projeto para turbinar a renda.
A proposta é incluir mais oito mil lugares na capacidade de público, de modo que o estabelecimento possa receber até 60 mil pessoas confortavelmente. Há também interesse em obter certificado Leed, cuja função é comprovar que o local segue determinadas exigências ambientais. Ambas as mudanças irão encarecer a construção.
“Nós já temos quase 30% das obras concluídas, e a fundação da arena já está em boa parte feita, então estamos fazendo estudos técnicos e financeiros para descobrir se é possível aumentar o estádio e se é financeiramente sustentável”, afirma Eduardo Antonini, vice-presidente do Grêmio e responsável pela nova arena.
O intuito da ampliação é possibilitar a Grêmio e OAS conseguir melhor arrecadação após a inauguração. O dirigente cita que grande parte da nova capacidade do estádio deve estar situada entre cadeiras VIP, ou seja, aquelas que possuem maior valor de comercialização. O Leed, diz ele, também ampliaria as receitas.
“As pessoas têm de entender que não há dinheiro público na nova arena, então Grêmio e OAS só vão fazer alguma alteração, obviamente em comum acordo, caso essa mudança seja lucrativa em longo prazo”, garante Antonini, que preside a Grêmio Empreendimentos, braço criado pelo clube para gerir o negócio.
O desejo de alterar o projeto partiu do presidente gremista, Paulo Odone. Os dirigentes da equipe gaúcha veem crescimento no mercado do futebol, na média de comparecimento do público nos estádios e no quadro social da agremiação, três pilares que justificam reformular o projeto, concebido pela primeira vez em 2008.
Leia mais: