Os donos de franquias aprovaram, em reunião realizada na última quinta-feira, um novo contrato de trabalho para a liga profissional de futebol americano (NFL). No entanto, isso não foi suficiente para encerrar a polêmica e o locaute da competição. Nesta sexta, a associação que representa os jogadores se recusou a votar o modelo de acordo e adiou para a próxima semana o desfecho da negociação.
Na quinta-feira, a votação entre os 32 donos de franquias teve uma abstenção e 31 votos favoráveis ao modelo proposto de contrato. Eles ofereceram aos atletas um acordo com duração de dez anos.
O contrato de trabalho é um acordo entre atletas, donos de franquias e a liga. É ele que rege os vínculos individuais e direciona os gastos na competição. O antigo documento terminou neste ano, e a disputa é uma queda de braço: jogadores querem participação maior nos lucros da NFL, mas proprietários querem reduzir os custos de suas equipes.
Entre exigências contrárias, os donos de franquias deram início ao locaute – os estádios foram trancados, o que impediu treinos e jogos dos atletas e já comprometeu parte da pré-temporada da NFL.
Portanto, a assinatura de um novo acordo é imprescindível para a realização da liga. E urgente para não comprometer o calendário da próxima temporada.
A NFL esperava que os jogadores concordassem com o acordo proposto pelos donos de franquias e que os estádios fossem abertos no sábado. Já está certo que isso não vai acontecer.
Em e-mail enviado aos atletas, os líderes da associação que os representa disse que haverá uma reunião na segunda-feira para debater as possibilidades que os jogadores têm para o novo contrato.
“Pontos que precisam ser acertados coletivamente continuam em aberto, como o pagamento dos atletas e o fim dos contratos”, avisou o comunicado da associação que representa os atletas, assinado pelo líder da entidade, DeMaurice Smith. “Sem isso, não há acordo entre a NFL e os jogadores”, continuou o documento.