A Copa do Mundo deverá levar à criação de 250 mil novos empregos na economia brasileira pelos próximos três anos. Essa é a expectativa apresentada pelo Itaú, banco patrocinador do Mundial, durante evento nesta quinta-feira na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
O estudo, denominado “O Impacto da Copa do Mundo na Economia Brasileira”, foi apresentado para a imprensa por Ilan Goldfajn, economista-chefe da instituição financeira. Segundo o executivo, a expectativa é de que a economia aumente cerca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) por conta da realização do evento – o que significa cerca de R$ 55 bilhões a mais na economia em virtude da competição.
Nos cálculos apresentados pelo banco, a taxa de desemprego no país deverá diminuir cerca de 1 ponto percentual por conta dos empregos gerados pela Copa do Mundo. A previsão é de que entre 1,9 e 1,95 milhão de postos de trabalho sejam gerados anualmente até 2014, ano em que haverá a menor movimentação de vagas, segundo a projeção.
O estudo mostra uma evolução em relação à média tradicional brasileira de geração de empregos. De acordo com o levantamento, caso não houvesse a Copa do Mundo, cerca de 1,8 a 1,9 milhão de empregos seriam gerados ao ano no Brasil.
“O impacto pode ser ainda maior se considerarmos também os empregos temporários que são gerados por conta do Mundial”, afirmou Goldfajn.
Outro impacto positivo do Mundial, de acordo com o levantamento, está no aumento do consumo da população. Com a projeção de que o país terá 145 milhões de consumidores em 2014, o Itaú calcula que as despesas das pessoas deva ficar entre US$ 3 e 6 milhões até o ano de realização do Mundial. Desde a Copa de 1994, nos Estados Unidos, o torneio não acontecia num país com tamanho poder de consumo.
Apesar dos números otimistas demonstrados pelo Itaú, a realidade do impacto da Copa do Mundo nos países que antecederam o Brasil não mostram um cenário tão animador. Na Alemanha, o imapcto do Mundial na economia ficou em cerca de 0,6% do PIB, segundo levantamento feito pelo Postbank. Já na África do Sul, a Copa representou um acréscimo de cerca de 0,9% do PIB.
“Calculamos cerca de 1% de aumento do PIB em impacto dos investimentos diretos na Copa (construção de estádios e obras de infraestrutura), sendo que o restante viria dos investimentos indiretos (turismo e consumo, entre outros)”, resumiu Goldfajn.