Às vésperas do início oficial das Olimpíadas de Paris 2024, a 33ª da era moderna, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já atingiu uma marca considerável. A entidade possui acordos comerciais capazes de financiar o Movimento Olímpico no próximo ciclo de quatro anos, até os Jogos de Los Angeles 2028 na ordem de US$ 7,3 bilhões.
Não bastasse isso, as receitas para o ciclo seguinte (2029 a 2032), que será encerrado com os Jogos de Verão de Brisbane, na Austrália, estão na casa dos US$ 6,2 bilhões.
No ano passado, mesmo sendo uma temporada sem Jogos de Verão ou Inverno, o COI amealhou US$ 902 milhões de receita.
Com isso, pôde liberar US$ 363 milhões aos comitês olímpicos nacionais, federações esportivas internacionais e ao Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC), que conta com esquema especial, já que o país representa boa parte das empresas que financiam o Movimento Olímpico.
Despesas, contribuições e projetos especiais relacionados às Olimpíadas de 2024 totalizaram US$ 208 milhões.
Esse montante todo fez o COI pode encerrar o atual ciclo olímpico, mais curto, iniciado em 2021, após os Jogos de Tóquio, adidados devido à pandemia de covid-19, tendo distribuído US$ 1,6 bilhão em projetos diversos ao redor do planeta.
Gestão
Ao contrário de outros órgãos vinculados ao esporte mundial, como a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), o COI é uma organização financiada totalmente pela iniciativa privada. Seus principais ganhos vêm de venda de direitos de mídia de suas competições ou através do programa de patrocínio mundial conhecido como The Olympic Partner (TOP), além de parcerias com fornecedores e contratos de licenciamento para uso de suas marcas.
Segundo o comitê, 90% de sua receita é destinada a atletas, federações comitês olímpicos nacionais e comitês organizadores de suas diversas competições, como os Jogos de Verão, de Inverno e os Jogos da Juventude. O restante da verba é retido pelo COI para fundo de reserva e financiamento de suas próprias operações.
No ciclo de 2017 a 2021, o mais longo dos últimos anos, o COI gerou US$ 7,6 bilhões em receita. Desse total, foi distribuído em média US$ 4,2 milhões ao Movimento Olímpico por dia.