A World Surf League (WSL) divulgou que o Vivo Rio Pro apresentado por Corona movimentou R$ 159 milhões em Saquarema (RJ) em 2024. O número consta do relatório de impacto econômico da etapa brasileira do Mundial de Surfe, realizado pela EY e encomendado pela WSL. As cifras superam em 64% a edição de 2023, quando o evento já havia movimentado R$ 97 milhões.
“O Vivo Rio Pro 2024 se consolida como um dos grandes eventos esportivos do mundo e colabora, mais uma vez, com os índices econômicos do Rio de Janeiro e do país”, afirma Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
Neste ano, o campeonato recebeu cerca de 350 mil pessoas durante os dias 22 e 30 de junho, período de disputa da competição. O gasto médio de cada visitante aumentou. Segundo a consultoria, a tendência é que, mesmo com o término da competição, a cidade siga mantenha crescimento econômico e de geração de empregos como reflexo do sucesso do evento.
“Os impactos econômicos, sociais e ambientais deixam um legado muito importante para a cidade de Saquarema”, comenta Martinho.
Quantificação
Pedro Daniel, diretor executivo de Esporte da EY explica que o estudo da consultoria busca quantificar os impactos financeiros gerados a partir do Vivo Rio Pro.
“Quando há a realização do evento ou o recebimento de turistas, gera-se uma movimentação econômica para além dos fornecedores da etapa”, diz Pedro Daniel.
O estudo também mostrou que o evento impactou R$ 60 milhões sobre o rendimento das famílias de Saquarema e gerou 1.769 empregos.
Apenas no Estado do Rio de Janeiro, o valor de impacto no PIB, em 2024, alcançou R$ 143 milhões, enquanto no PIB do Brasil o resultado é de R$ 306 milhões. O relatório considera a soma de efeitos diretos e indiretos que são induzidos pelo evento.
“Um turista movimenta a economia ao demandar mais bens e serviços que não estão relacionados diretamente com a realização da etapa WSL. Isso gira a economia em âmbito municipal, estadual e federal”
Pedro Daniel, diretor executivo de Esporte da EY
Entretenimento
Em 2024, o Vivo Rio Pro realizou pela primeira vez uma festa de abertura oficial com espetáculo de drones, shows e uma homenagem aos atletas que ajudaram com os esforços nas áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
A praia de Itaúna, a exemplo do ano passado, recepcionou novamente a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), e recebeu mais de 50 mil pessoas.
A realização da festa de abertura, assim como a coletiva de imprensa com surfistas brasileiros antes do início da etapa e o entretenimento diário para o público geral, foram fatores que teriam influenciado o aumento do impacto econômico durante a janela de oito dias de evento.
Em dias sem competição, por exemplo, quando os atletas não estão na água, havia opções de atividade na Vila dos Patrocinadores, com ativações dos parceiros comerciais da WSL, como a piscina de ondas da Vivo ou a tirolesa do Banco do Brasil. Também houve encontro com ídolos nos estandes das marcas.
“Criamos uma fórmula que garante ao público a chance de acompanhar os melhores surfistas da atualidade, mas também de se divertir quando os atletas não estão na água, gerando entretenimento e uma programação de qualidade”, conta o executivo da WSL.